O Moderno como Opção Estilística
A gradual assimilação das linguagens despojadas de ornamentos na arquitetura residencial do bairro Jardim América em São Paulo nas décadas de 20 a 40
Resumo
Trata-se da inserção gradual de elementos do vocabulário formal das vanguardas modernas na arquitetura residencial paulistana nas décadas de 20, 30 e 40. Através do estudo das casas que originalmente ocuparam o primeiro bairro-jardim de São Paulo, o Jardim América, verifica-se que a arquitetura moderna infiltrou-se como uma opção formal, restrita à dimensão de um estilo, equiparado a outros contemporâneos. Inicialmente desvinculada de seus pressupostos programáticos e ideológicos esta arquitetura vai aos poucos afirmando-se até que tende a suplantar as manifestações estilísticas e impor-se já no final dos anos 40. Discute-se ainda sua presença inicialmente difusa ou inexistente entre outros estilos na obra de arquitetos que posteriormente destacaram-se na arquitetura efetivamente caracterizada como moderna como, por exemplo, Eduardo Kneese de Mello e Oswaldo Bratke ou ainda de outros que apesar de terem produzido muito permanecem até hoje pouco conhecidos.