Tecidos Habitacionais em Amsterdã
Resumo
Este trabalho sistematiza informações acerca da constituição de alguns dos tecidos habitacionais de Amsterdã, considerando períodos significativos na história da cidade. Examinar estes desenhos e espaços no tempo, permite-nos identificar algumas raízes de uma certa “tradição” de projeto, de desenho de quadra, de significados atribuídos aos espaços públicos, coletivos e privados, que nos parece ser uma referência fundamental para os projetos contemporâneos.Interessa-nos observar, TENDO COMO FOCO O PROJETO E O ESPAÇO EDIFICADO, as formas como se traduzem os pensamentos acerca do homem e de sua possível vida coletiva considerando, dada a porcentagem que a habitação representa no meio urbano, a importância que os projetos habitacionais desempenham na caracterização da morfologia de uma cidade.Com este trabalho interessa-nos, também, pontuar as discussões e precisar os momentos em que as contribuições dos arquitetos e urbanistas definiram ou alteraram idéias fundamentais para o tecido urbano, a partir da experimentação de propostas, como a das cidades jardins, por exemplo, da valorização das discussões voltadas à paisagem da cidade (idéias de Camillo Sitte), da utilização do que preconizava a Carta de Atenas com a dissolução da quadra tradicional e a setorização das funções, da formatação de uma crítica e retomada de intervenções mais contextuais, ou, ainda, a partir das preocupações acerca das cidades contemporâneas. O objeto central deste trabalho consiste, portanto, em identificar referências, pela história, pelo debate teórico e pela produção, que, de alguma forma, norteiam as proposições contemporâne as que, ora apóiam-se numa tradição cultural e histórica, ora rompem com ela, mas que a têm como referência na busca de uma linguagem, de uma possibilidade de vida urbana contemporâneas, quando, mais uma vez, a questão da moradia aparece como um grande tema, impulsionador de uma discussão acerca da cidade, das relações que nela se traçam e se estabelecem.
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Referências
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